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A ida ao nutricionista

20/05/13
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E mais de 1 mês após o American Dream, cá estou. 5kg acima do meu peso ideal.
A "dona..." - não, não revelarei um de meus milhares de apelidos de gorda com os quais minha família adora me atormentar! - resolve dar um jeito nisso e vai ao nutricionista.
Chego na clínica às 18h.
Mas... onde é que estou mesmo? Ah sim, no Brasil, então só vou ser atendida às 20h40. E nesse meio tempo, a covardia começa.
Enquanto dou umas tossidas para disfarçar os roncos do estômago, sinto o cheiro que sai da freaking pizzaria a poucos metros daqui. A fome aperta. Olho para o teto, e num suspiro momentâneo, visualizo frangos assados, coxinhas, pastéis, tortas e outras gordices flutuando no ar. Alguém bate a porta com força e eu "acordo" - chocada - do meu devaneio.
A consciência, aquela velha amiga sincera, me diz: "Tu não tem jeito, né, guria!? Pode ir, pode consultar o nutricionista, fazer dietinha e tudo mais... Adianta? Tua alma é gorda, menina!"
Entristeço-me com a triste realidade - e com a redundância da sentença.
Meu estômago grita: "Mas eu estou com FOME, oras bolas! Dane-se! Passe direto no drive-thru quando sairmos daqui! Pelo tanto que esperei acho que eu mereço, né?!"
Quase caindo na lábia do estômago, me conscientizo: "Shhhh!!! Cale a boca! A tentação, a irmã megera da consciência, está querendo te persuadir! Hoje começa uma vida nova! Mais saúde, mais hábitos saudáveis, mais exercícios, mais massa magra, mais imunidade, mais... mais... - em prantos - mais gosto de isopor, mais dores no estômago, mais água na boca, mais amargura, mais... AAAHHH! Lorena! Acorda! Hora do detox! Xô pensamento de gorda!"
Finalmente ouço a voz do doutor:
"Sra Lorena T Timo!"
O estômago geme. Respiro fundo... E sigo para o consultório sem olhar pra trás.
E depois da sabatina, do falatório, dos esporros e das falsas promessas, saio jubilosa - e faminta - da clínica, disposta a mudar.
Graças a Deus o que tinha em minha carteira me impossibilitava de dar ouvidos ao meu estômago fast-foodiano.
Passo reto das lanchonetes, dos mercados, dos restaurantes e das barraquinhas de cachorro-quente.
Chego em casa com o sabor da vitória nos lábios - que por sinal não era tão saboroso quanto ao da lasanha que estava na geladeira.
É então que eu olho para o fogão e a vejo como num reencontro entre velhas amigas:
A boa e velha sopa. Benzadeus eu tenho vó.
Tomei a sopinha sem reclamar. Mas não vou negar: Convidei o pão sovado para acompanhar... cê sabe né, para fazer aquela "despedida" dos meus amigos carboidratos...

Vida nova.
Alma magra.
Mas o apelido de gordinha... Ah, esse nunca me abandona... :(

LT

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